Os 100 melhores restaurantes do Brasil!

Você sabe quais são os 100 melhores restaurantes do Brasil? Está procurando por informações sobre os melhores restaurantes do Brasil? Veio ao lugar certo, continue lendo até o final!

Sim, temos um bicampeão. A Casa do Porco foi eleita novamente o grande destaque nacional. Para nossa segunda eleição convocamos um júri formado por 64 renomados críticos e influenciadores da deliciosa arte de comer e beber. Cada especialista apontou dez restaurantes de sua preferência, sem ordem de importância.

Como fazer reservas em restaurantes populares?

Os endereços com mesmo número de votos aparecem empatados, em ordem alfabética. Confira os vencedores. Bom apetite!

1º lugar – A casa do porco (33 votos)

Nada parece ameaçar o poderoso reinado da Casa do Porco, a incensada casa no centro de São Paulo comandada por Jefferson Rueda e Janaína Torres Rueda. Os chefs fundadores do pequeno império gastronômico provaram que é possível tornar acessível uma gastronomia autoral e de qualidade. Na ativa desde 2015, o empreendimento dedicado aos suínos ocupa a saborosíssima sétima colocação no The World’s 50 Best Restaurants, além da quarta posição na versão latino-americana do ranking, e desconhece o que é passar um dia sequer sem uma fila de clientes na porta.

O atual menu degustação, a 240 reais (ou 390 reais, com a harmonização de coquetéis), presta tributo à gastronomia de 13 países vizinhos. O tamale com tartar suíno e broto de rabanete representa o Panamá, enquanto o ceviche — que junta pé e orelha de porco, além de camarão e batata-doce — acena ao Peru.

O ponto alto da sequência é o porco sanzé, que os Rueda provavelmente nunca deixarão de servir (à la carte custa 88 reais). Mais de 12.000 unidades desse prato são vendidas todo mês, o que explica os 60 suínos assados a cada 30 dias. Outra pedida tida como imexível é o torresmo de pancetta com goiabada e picles de cebola roxa (52 reais). Ir até lá e não provar a iguaria equivale a uma ida ao Vaticano sem dar um pulo na Capela Sistina.

Rua Araújo, 124, República, São Paulo

2º lugar – Lasai (24 votos)

Um novo capítulo na história do Lasai começou a ser escrito em maio do ano passado. Foi quando o restaurante do chef Rafa Costa e Silva reabriu no endereço atual. O antigo imóvel, que será transformado em um espaço de eventos, tinha capacidade para 45 clientes e exigia até 17 pessoas trabalhando na cozinha. A poucos metros, a nova casa se resume a um balcão que só acomoda dez fregueses.

O encolhimento se deve à vontade de viabilizar, de fato, a proposta do Lasai: servir insumos brasileiros cultivados pelo próprio restaurante ou por pequenos agricultores do Rio de Janeiro e permitir que os comensais vejam os cozinheiros em ação. “Em relação à mudança do Lasai, só me arrependo de não ter feito antes”, diz Costa e Silva, que adora ver a reação da clientela saboreando o que ele inventou. “Acabou a pressão para obter ingredientes em grandes quantidades, e agora tenho tempo até para dar banho no meu filho antes de abrir o restaurante.” 

O Lasai só trabalha com menu degustação, que inclui pratos como ostra com pimenta-de-cheiro, mel e limão-­caviar e mandioca na manteiga com castanha-do-pará fresca e couve kale — os pratos nunca são os mesmos. Com 15 etapas, a sequência custa 950 reais ou, com harmonização de vinhos, 1.350 reais.

Largo dos Leões, 35,  Humaitá, Rio de Janeiro

3º lugar – Oteque (23 votos)

A cozinha literalmente aberta para o salão de festa e o teto com revestimento acústico de cinema, que ajuda a abafar o falatório dos clientes, já indicam a atenção que o Oteque dá para a comida. Não à toa, muita gente classifica os jantares no endereço — para o qual ninguém dá nada, vendo de fora — como espetáculos gastronômicos memoráveis. Não falta nem uma trilha sonora à altura — vai de Kings of Convenience a Led Zeppelin.

O astro aqui é o chef paranaense Alberto Landgraf, que se reinventou no Rio de Janeiro após uma temporada de cinco anos em São Paulo, onde despontou à frente do extinto Epice. No Oteque, um dos quatro restaurantes brasileiros com duas estrelas Michelin — e o único do quarteto entre os dez primeiros colocados deste ranking —, ele só serve menu degustação. A 735 reais (ou 1.520 reais, com harmonização de vinhos), abarca oito etapas, trocadas diariamente.

Prepare-se para saborear criações como ostra incrementada com vinagrete de tomate e tomate confit; fatias de atum bluefin amanteigado sob vinagrete de alga e pinole; e cavaquinha grelhada com maionese de peixe e picles de maçã verde. O sorbet de coco verde com pralinê e coco verde seco — pode ser servido com queijos brasileiros, cobrados à parte — dá uma ideia das sobremesas.

Rua Conde de Irajá, 581, Botafogo, Rio de Janeiro

4º lugar – Origem (22 votos)

Pronto. No que se refere ao propósito número 1 do Origem ­— acabar com a ideia de que a culinária baiana se resume aos pratos típicos —, o chef Fabrício Lemos e sua mulher, a chef pâtissière Lisiane Arouca, podem se dar por satisfeitos. Inaugurado pela dupla em 2016, o restaurante já não se preocupa como antes em questionar os lugares-comuns da gastronomia local. No lugar do acarajé, por exemplo, o casal serve o que apelidou de abarajé, um abará que, depois de empanado, é frito. O shot de boas-vindas — sempre com cachaça e alguma fruta da época, como caju e jenipapo — equivale a um protesto contra a onipresença, na Bahia, das roskas, como as caipiroskas são chamadas localmente.   

No Origem só há menu degustação, e o atual, a 250 reais (ou 510 reais, com harmonização), é dividido em 13 etapas e muda mensalmente. Começa com uma sequência de snacks, um melhor que o outro, a exemplo do peixe curado com sorbet de guacamole, amendoim, gergelim e molho aïoli com gengibre. Só depois vem o couvert, que antecede os quatro pratos principais — curado como uma carne de sol, o pato ganha a companhia de pirão de leite, purê, aipim e cebola caramelizada. Para encerrar, Arouca expede duas sobremesas que em geral não devem nada ao que veio antes.

Alameda das Algarobas, 74, Pituba, Salvador

5º lugar – Maní (19 votos)

As gravações do MasterChef Brasil, do qual Helena Rizzo é jurada desde 2021, no lugar que era da argentina Pao­la Carosella, tomam cada vez mais o tempo da chef gaúcha. Mas nada que atrapalhe o dia a dia do Maní, que se mantém em alta sob o comando do braço direito da cozinheira, o chef belga Willem Vandeven. Parceiro de longa data, ele não só dá conta do recado quando a gaúcha está fora como divide a autoria do cardápio com ela.

A 580 reais (ou 1.100 reais, com a harmonização de vinhos), o menu degustação soma 12 receitas, como creme de milho picante acrescido de pipoca de quinoa, minimilho em rodelas, pancetta, ciboulette, katsuobushi e ovas de tainha curadas com lichia e cachaça — para entender no que cada etapa consiste, convém ouvir com atenção redobrada as explicações dadas pelos garçons.

O vatapá de galinha também faz parte da sequência e inclui salada de mamão verde, farofinha, cabeça de camarão seco moída, amendoim tostado e peixe do dia ao forno. E vale o mesmo para a feijoada transformada em pequenas esferas, que são servidas com pé de porco, couve frita e cubinhos de laranja e remetem a um passado longínquo do Maní. A seção à la carte do menu lista pedidas como polvo na brasa com arroz de chorizo, grão-de-bico e molho aïoli de açafrão (145 reais).

Rua Joaquim Antunes, 210, Jardim Paulistano, São Paulo

6º lugar – Manga (17 votos)

Em relação à primeira edição do ranking “Os 100 melhores restaurantes do Brasil”, da EXAME Casual, o Manga deu um salto e tanto — pulou da 17a posição para a sexta. No Rio Vermelho, em Salvador, o restaurante ocupa um casarão pintado dessa cor e demorou para vingar. Inaugurado em 2018, abriu as portas oferecendo apenas menus degustação — servidos àquela altura, até onde se sabe, somente em outro restaurante da cidade, o Origem. Para cair nas graças do público local, o jeito foi acrescentar opções à la carte.

O Manga pertence a um casal de chefs, o baiano Dante Bassi e a alemã Katrin Bassi, que se conheceram quando ambos davam expediente no D.O.M, de Alex Atala, em São Paulo. O menu degustação elaborado a literalmente quatro mãos custa 295 reais (ou 510 reais, caso se opte pela harmonização de vinhos) e contempla dez etapas. Alterado aqui e ali de tempos em tempos, pode incluir pratos como vermelho frito — envolto em massa de cerveja, o pescado ganha a companhia de ouriço, alface, pepino e tobiko.

Sucesso absoluto, o crocante de cebola caramelizada com recheio de bijupirá defumado remete a um biscoito da marca Oreo (a pedida costuma entrar no menu degustação e à la carte custa 19 reais). Pode parecer difícil, mas tente guardar algum espaço para a sobremesa. Mesmo. Sumidade no assunto, Katrin expede opções fora da curva, como picolé de cajarana com chá de rooibos e chocolate branco (25 reais).

Rua Professora Almerinda Dultra, 40, Rio Vermelho, Salvador

7º lugar – Metzi (14 votos)

O estrondoso sucesso do Metzi, que na primeira edição deste ranking figurou em 35o lugar, sugere que os paulistanos estavam fartos do conceito tex-mex. Inaugurado em 2020, o restaurante se propõe a servir a autêntica culinária mexicana — com direito, por que não, a pitadas de modernidade e a ingredientes brasileiros. Pertence a Eduardo Nava Ortiz, mexicano de Oaxaca, e à paulistana Luana Sabino. O casal de chefs se conheceu quando ambos trabalhavam no renomado Cosme, em Nova York — em São Paulo, ela passou pelas cozinhas do Arturito, do Tuju e do Petí Gastronomia.

O cardápio tem opções à la carte, mas 70% da clientela bate o martelo na sequência predefinida, com sete etapas (300 reais). “Não enxergamos como um menu degustação, e sim como um guia para quem não tem familiaridade com nossos pratos”, observa Sabino. Da seção à la carte, a sugestão mais pedida é o mole branco (um molho à base de castanhas e especiarias), que ganha a companhia de couve-flor, tucupi negro e jambu (52 reais). Outro hit, a tostada que junta polvo, abacate e uma pasta de camarão com pimenta seca custa 50 reais. Fã de mezcal, Ortiz sugere que todo mundo só peça a conta depois de degustar uma dose, a 70 reais, da bebida — e não raro se junta aos clientes para brindar com eles.

Rua João Moura, 861, Pinheiros, São Paulo

8º lugar – Charco (13 votos)

Com paredes descascadas, tijolos aparentes e iluminação fraquinha, o Charco tem capacidade para 40 pessoas. Se tivesse 80 lugares, provavelmente atenderia o dobro de clientes, dada a intensa procura. Mas o chef Tuca Mezzomo não se arrepende­ de ter montado seu primeiro restaurante num imóvel não muito grande. As pequenas dimensões do Charco, afinal, conferem uma atmosfera intimista que faz toda a diferença e contribuem, e muito, com a sustentabilidade financeira do negócio.

Para Mezzomo e seu sócio-investidor, afinal, o controle de gastos é tão fundamental quanto o esforço direcionado à elaboração dos pratos. O sucesso do Charco, que completou quatro anos em março, motivou a dupla a abrir uma segunda empresa, a Saliva. A missão dela é contribuir com a gestão financeira dos empreendimentos dos quais virou sócia desde que começou a pandemia — os bares Carrasco e Guilhotina e os restaurantes Chou, Donna, Ping Yang e Cuia Café.

No Charco, Mezzomo se propõe a utilizar o fogo das mais diferentes maneiras, como prova o arroz com morcilla, lula na brasa, molho aïoli, alho e demi glace (69 reais). A 290 reais (ou 480 reais, com harmonização), o menu degustação começa com ostra no vapor com lâminas de uva e raspadinha com vinho branco e inclui pratos como tostada de camarão com creme de avocado, algas e flores.

Rua Peixoto Gomide, 1.492, Jardim Paulista, São Paulo

9º lugar – Nelita (12 votos)

Inaugurado há dois anos, o Nelita é uma espécie de divisor de águas na trajetória de Tássia Magalhães. O restaurante deu à chef de Guaratinguetá, no interior de São Paulo, uma projeção que ela ainda não havia experimentado. E olhe que a carreira dela não começou ontem. Tássia trabalhou por dez anos no extinto Pomodori, onde entrou como estagiária e saiu como mandachuva, e tirou do forno mais três negócios que não existem mais, os restaurantes Riso.e.ria e Fabbrica Illegale e a dark kitchen Unno Masseria (em fevereiro deste ano, ela abriu o Mag Market, misto de padaria e doceria).

Com fachada arrojada, que mescla tijolos aparentes, porta e janelas de madeira e um painel verde, o Nelita tem a cozinha tocada somente por mulheres. Boa parte do sucesso se deve às massas, como prova o agnoloti com recheio de queijo de cabra e molho de limão, alho negro e mel (110 reais). Com recheio de abóbora, o caramelle leva um creme feito com o mesmo fruto, ricota de búfala e pinole (101 ­reais). Já o ­pappardelle é servido com molho de tomate, polvo e espinafre (128 reais). E ainda há opções como peito de pato marinado no missô e guarnecido de purê de cebola, cebola tostada e molho demi glace (167 reais).

Rua Ferreira de Araújo, 330, Pinheiros, São Paulo

10º lugar – Glouton (11 votos)

Formado em medicina pela UFMG, o mineiro Leonardo Paixão abandonou a profissão dois anos depois de encostar no diploma e foi para a França, em seguida, estudar gastronomia. Mas não foi uma mudança da noite para o dia. Ao longo da graduação em medicina, ele já vinha atuando como cozinheiro em eventos e cozinhando a ideia de se dedicar só às panelas. Se deu uma infinidade de plantões em hospitais depois de formado foi só para conseguir arcar com as mensalidades da prestigiosa École Supérieure de Cuisine Française, em Paris.

Voltou para Belo Horizonte com a experiência de ter estagiado na cozinha de três dos maiores chefs franceses, Joël Robuchon, Pierre Gagnaire e Nicolas Magie. Na sequência, trabalhou por dois anos no Taste-Vin, do qual saiu para abrir o próprio restaurante, o Glouton, inicialmente nos moldes de um bistrô parisiense — e com direito aos clássicos de sempre, como confit de canard e foie gras com figos. Não demorou, porém, para Paixão começar a mesclar a culinária francesa com a mineira — e se converter em um dos chefs mais inventivos do país. Com dez anos recém-completos, o Glouton deve sua fama a pratos como papada de porco com mil folhas de mandioca (135 reais) e rabada ao perfume de estragão com nhoque de agrião (127 reais).

Rua Bárbara Heliodora, 59, Lourdes, Belo Horizonte

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11º Notiê (SP)

É na cobertura do Shopping Light, no centro paulistano, que se encontra o Priceless. Iniciativa de um conhecido cartão de crédito, reúne o bar Abaru e o restaurante Notiê. No comando da cozinha está Onildo Rocha, um dos grandes nomes da gastronomia paraibana e agora também de São Paulo. O menu degustação atual do restaurante presta tributo à Amazônia. O que é dividido em cinco tempos custa 260 reais e inclui receitas como feijão manteiguinha com cogumelo yanomami e brandade de Pirarucu. O outro menu, com o dobro de etapas, custa 390 reais e reúne pratos como camarão laqueado no tucupi preto e arroz de pato com bernaise de tucupi.

Rua Formosa, 157, Centro Histórico, São Paulo

12º D.O.M (SP)

Alex Atala e seu inventivo restaurante, em funcionamento desde 1999, já não roubam a cena no universo da gastronomia contemporânea como antes. Talvez, simplesmente, porque deixaram de ser novidades – e talvez porque o chef, cada vez mais avesso aos holofotes, tenha aberto caminho para que vários outros pares brasileiros se aventurassem no mesmo universo com propostas tão ou mais ousadas. O D.O.M, no entanto, segue afiado como sempre. Com duas estrelas Michelin e o título de 53º melhor do mundo concedido pelo The World’s 50 Best Restaurants, ele continua a servir formiga saúva amazônica – faz parte da salada de manga com papaya, gelatina de limão e ervas – e pratos como pirarucu com tapenade de açaí, couve salteada e grelhada e emulsão de azeite com colágeno do mesmo peixe. O menu degustação custa 690 reais e o executivo, 98 reais.

Rua Barão de Capanema, 549, Jardins, São Paulo

12º Fame Osteria (SP)

O fechamento da Osteria del Pettirosso, no Jardim Paulista, foi muito lamentado. Mas foi também um divisor de águas na carreira de Marco Renzetti. Depois de dar fim ao italiano – simpático, porém não exatamente fora da curva – o chef ressurgiu com o elogiadíssimo Fame Osteria, que pertence a outro patamar, bem acima. É uma espécie de restaurante speakeasy, por assim dizer. Na Rua Oscar Freire, atende poucos clientes por vez e apenas com reservas – do lado de fora, lê-se somente o número 216. O endereço trabalha só com menu degustação, que varia frequentemente e custa 540 reais.

Rua Oscar Freire, 216, Cerqueira César, São Paulo

13º Taberna Japonesa Quina do Futuro (Recife)

O sushiman André Saburó Matsumoto não se esquece de seus nove anos de idade, quando costumava dormir no extinto restaurante da família, o Le Buffet, no centro de Recife, sobre duas cadeiras e com uma toalha de mesa como cobertor – a mãe dele, enquanto isso, cuidava do caixa. Cenas parecidas se repetiram na Taberna Japonesa Quina do Futuro, o restaurante que sucedeu o Le Buffet e ao redor do qual Matsumoto cresceu. Em 1997, ele começou a atuar na cozinha e, em 2001, assumiu o comando da casa. Do balcão saem criações como tataki misto com lâminas de sashimi, molho aïoli com missô, chili e palha de alho poró (79,90 reais) e combinado de sushis veganos (84,90 reais).

Rua Xavier Marques, 134, Aflitos, Recife

14º Shihoma Pasta Fresca (SP)

Tudo começou com o delivery. E deu tão certo que Marcio Shihomatsu decidiu abrir um restaurante – numa época em que o setor ainda sofria com os efeitos da pandemia. Não é surpresa que, por lá, tudo gire em torno das massas artesanais – até porque ainda se trata de um pastifício. Há espaço, porém, para experimentações no cardápio, como prova o patê de fígado de galinha, servido com picles, conservas e pão tostado (38 reais). O fusili com cogumelos, vinho branco, tomilho e queijo Tulha (68 reais) é de comer com os olhos fechados e o mesmo vale para pappardelle com ragu de linguiça de porco e cordeiro (65 reais), entre outros pratos.

Rua Medeiros de Albuquerque, 431, Vila Madalena, São Paulo

15º Evvai (SP)

Comandado pelo chef Luiz Filipe Souza, ostenta uma estrela Michelin e foi eleito o 67º melhor do mundo pelo ranking The World’s 50 Best Restaurants. No Jardim Paulistano, na capital paulista, o endereço serve apenas um menu degustação que custa 677 reais (ou, com a harmonização mais em conta, 1.196 reais). Com treze etapas, a sequência é renovada de três a quatro vezes ao ano e pode ser ajustada para veganos ou vegetarianos. O espaguete com couve-flor, crisps e caldo de galinha é um dos hits da atual temporada, assim como a bomba salgada com recheio de vieira selada, lardo e tomate fermentado.

Rua Joaquim Antunes, 108, Pinheiros, São Paulo

16º Cipriani (RJ)

Agraciado com uma estrela Michelin, o restaurante comandado pelo chef Nello Cassese valeria só pela localização: ladeia a mítica piscina do Copacabana Palace. A comida, no entanto, faz justiça ao célebre hotel e a tudo que ele representa. A 475 reais, o menu degustação mais enxuto reúne clássicos do estabelecimento, caso do carpaccio de wagyu com cebola roxa e pinoli e do ovo orgânico incrementado com alcachofra, trufa e queijo parmesão. O segundo e único outro percurso disponível, este a 595 reais, junta receitas como vitello tonnato e risoto com ostra, anis e ovas de peixe.

Avenida Atlântica, 1702, Copacabana, Rio de Janeiro

17º Valle Rústico (Garibaldi)

Parece que o chef Rodrigo Bellora elevou o conceito slow food a outro patamar. Praticamente todos os ingredientes servidos pelo Valle Rústico saem da própria horta do restaurante ou de produtores da região – todos orgânicos. A casa também incentiva uma experiência completa: os clientes são convidados a sentar em volta da fogueira para beber vinhos gaúchos e conversar. O menu degustação (245 reais), de oito etapas, pode incluir tanto vegetais assados quanto cogumelos porcini, dependendo da inspiração da cozinha.

Via Marcilio Dias, S/N, Garibaldi

18º Murakami (SP)

No Kinoshita, na Vila Nova Conceição, que comandou até junho de 2017, o chef Tsuyoshi Murakami precisava alimentar até 72 pessoas por vez, considerando a lotação máxima do restaurante. No Murakami, seu atual negócio, o sushiman consegue atender só dezoito pessoas por vez, doze delas no balcão (são dois turnos por noite, às 19h e às 21h30). Ele privilegia wassabi de verdade – em vez daquela pasta de raiz-forte pigmentada que é encontrada na maioria dos restaurantes orientais do país – e não tem cardápio fixo à noite. São três menus degustação: de seis tempos (470 reais); de três entradas e 15 sushis (680 reais); ou de nove tempos com caviar (1.150 reais). No almoço há opções à la carte como tempurá de camarão e ovo perfeito sobre gohan (200 reais).

Alameda Lorena, 1186, Jardins, São Paulo

19º Manu (Curitiba)

Rosto mais conhecido da gastronomia paranaense, a curitibana Manoella Buffara, que todo mundo chama de Manu, colocou seu restaurante na lista dos mais inventivos do país. Na versão latino-americana no ranking The World’s 50 Best Restaurants, a casa ocupa o 46º lugar. E tudo graças a criações autorais (e inusitadas) como a bok choy em brasa com laranja, amendoim e mousse de fígado de galinha. Mas não adianta ter apego: o cardápio muda de tempos em tempos, marcando a evolução da criadora, que só trabalha com menu degustação (630 reais). Com harmonização são mais 430 reais. “Nós cozinhamos para mudar o tempo”, escreve a chef no menu atual. “Nós cozinhamos para mudar a natureza. Nós cozinhamos para mudar o humor. Nós cozinhamos para mudar as pessoas. Mas, o melhor: cozinhamos por nós mesmos.”

Alameda Dom Pedro II, 317, Batel, Curitiba

20º Cepa (SP)

Distantes dos núcleos mais conhecidos de restaurantes badalados, o Cepa conquistou espaço no Tatuapé graças às receitas autorais que valorizam (e respeitam) os ingredientes. E prova disso são as criações como o atum cru servido com creme de wasabi (86 reais) ou a língua de wagyu com caldo de frango, quiabo e hortelã (62 reais) – ambos assinados por Lucas Dante, chef que nasceu e foi criado na zona leste paulistana. E, como se não bastassem os pratos, os coquetéis servidos na casa também valem a visita, bem como a autêntica seleção de vinhos elaborada pela sommelière Gabrielli Fleming.

Rua Antônio Camardo, 895, Vila Gomes Cardim, São Paulo

21º Tanit (SP)

No Brasil desde 2009, o chef catalão Oscar Bosch aproximou os paulistanos de receitas mediterrâneas como fideuá de camarões (94 reais) e polvo à la plancha (138 reais). O leitãozinho cozido em baixa temperatura (132 reais) é um dos hits imexíveis do menu, assim como o nhoque de beterraba com fonduta de queijo manchego, nozes caramelizadas e flor de sal (93 reais). A família de Bosch mantém um renomado restaurante na cidade litorânea de Cambrils, na Espanha. E ele tem mais dois negócios em São Paulo, o concorrido Nit, bar de tapas vizinho ao Tanit, e a sorveteria Mooi Mooi, no Itaim Bibi, retumbante sucesso desde a inauguração.

Rua Oscar Freire, 145, Jardins, São Paulo

21º Pacato (BH)

Empenhado em reinventar a gastronomia mineira e se projetar Brasil afora, Caio Soter está fazendo isso se valendo de ingredientes clássicos de sua terra: porco, frango e vegetais. Com nove etapas, o menu degustação (330 reais) inclui entradinhas como “ostra de frango” com creme de milho e mini-jiló com molho de mostarda. Depois chegam pratos como surubim defumado com refogado da horta e molho de maracujá; empadinha de frango com patê de fígado; e carne de sol com salada de palma, vagem e mandioca. O menu à la carte lista algumas dessas criações e outras tão interessantes quanto, a exemplo do tartare de carne de sol (72 reais).

Rua Rio de Janeiro, 2735, Lourdes, Belo Horizonte

21º Ocyá (RJ)

Inaugurado no ano passado, o restaurante do Gerônimo Athuel tem levado muita gente, pela primeira vez, à Ilha Primeira, próxima da Ilha da Gigoia, no Rio de Janeiro. Para chegar ao Ocyá é preciso pegar um barco nos fundos do BarraPoint Shopping ou da Estação de Metrô Jardim Oceânico. A novidade também tem levado muita gente a concluir que peixe não precisa estar fresco, necessariamente, para ser servido. Athuel é um dos grandes entusiastas da técnica de maturação a seco. Recorre à ela para imprimir complexidade e dar firmeza a peixes pouco conhecidos como sororoca, faqueco e carapeba. O prato que junta brócolis tostado, fritas, farofa e filé de peixe na brasa — a espécie varia de acordo com a disponibilidade —, custa 82 reais. Outro hit, a versão empanada do mesmo peixe vem acompanhada de arroz de limão cremoso, tomate confit e alho assado (78 reais).

Ilha Primeira, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro

22º Osso (SP)

A filial paulistana da churrascaria mais famosa do Peru, comandada pelo chef e açougueiro Renzo Garibaldi, um especialista em cortes dry aged, abriu as portas neste ano. A novidade também pertence à família de Guilherme Mora, dona do Cór, no Alto de Pinheiros, do qual Garibaldi é consultor. Concorrido desde a abertura, o novo Osso deve sua fama a cortes maturados a seco por no mínimo trinta dias. O t-bone premium submetido a esse processo é vendido a 52 reais, cada 100 gramas. A porção de legumes tostados (repolho-roxo, cenourinha, tomatinhos, acelga bok shoy, brócolis, abóbora e abobrinha) custa 32 reais.

Rua Bandeira Paulista, 520, Itaim Bibi, São Paulo

23º Xapuri (BH)

É do fogão à lenha que saem as receitas generosas para duas pessoas (ou bem mais), como carne de panela, “costelinha de sinhá” e lombo assado. Elas vêm guarnecidas de arroz e acompanhamentos dignos das fazendas mineiras. E dificilmente sua conta passará dos 120 reais. Só que a proposta de retirar os clientes da rotina vai além dos pratos recheados de memórias afetivas e também se reflete na decoração rústica do restaurante. Na verdade, o Xapuri nem parece localizado em Belo Horizonte (MG) e essa viagem é mais um dos segredos do sucesso dos últimos 30 e poucos anos.

Rua Mandacarú, 260, Trevo, Belo Horizonte

24º Escama (RJ)

Quem está à frente da cozinha é Ricardo Lapeyre, que, com sua apurada técnica francesa, aposta em um menu que muda toda semana. A explicação para isso é óbvia: os pratos variam de acordo com os peixes e frutos do mar disponibilizados pelos pescadores cariocas. É um restaurante sem nenhuma frescura e o casarão ensolarado no Jardim Botânico, com direito a paredes brancas e janelas sempre abertas, parece transportar a clientela para a região do Mar Mmediterrâneo. Torça para encontrar no menu o carpaccio de vieiras com pipoca de quinoa e salicórnia (92 reais), o cherne assado (115 reais) e o arroz de bacalhau com azeitona e batata baroa (128 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 5, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

24º Fasano (SP)

O restaurateur Gero Fasano, todo mundo sabe, não engole modismos. E isso explica boa parte do eterno sucesso do restaurante que deu origem a uma porção de outros, além de um empório e nove hotéis (contando só o que já foi inaugurado). O estabelecimento de número um se mantém fiel às raízes italianas e ao princípio de que sem bons ingredientes, não há invencionice que resolva. Assinado pelo chef italiano Luca Gozzani, o menu lista receitas como risoto de lagosta com açafrão e queijo pecorino (330 reais), ossobuco de vitela com vinho branco e ervas (239 reais) e agnolotti com recheio de galinha d`angola, creme de burrata, orégano e tomate cereja confitado (162 reais).

Rua Vittorio Fasano, 88, Jardim Paulista, São Paulo

25º Corrutela (SP)

O inventivo restaurante do chef Cesar Costa chegou a fechar as portas temporariamente na pandemia. A reabertura, aliás, em março de 2022, foi uma surpresa. A casa voltou com o cozinheiro canadense Daniel Burns no comando da cozinha. O bastão, no entanto, logo voltou para Costa. O lombo de cordeiro acompanhado de purê de pastinaca e romesco de ameixa fermentada (92 reais) e os ovos nevados de jenipapo (35 reais) dão uma pista do que te espera.

Rua Medeiros de Albuquerque, 256, Vila Madalena, São Paulo

26º Cais (SP)

A Vila Madalena está bem longe do mar. Só que isso não impede o Cais, situado no bairro, de disputar em qualidade com os melhores restaurantes localizados à beira da praia. Sob comando de Adriano Laurentiis, a cozinha apresenta receitas autorais inusitadas, a exemplo do espetinho de polvo e língua bovina com purê de amendoim (46 reais). Também há cuidado especial com os pescados, servidos com diferentes técnicas que evitam ao máximo o desperdício. O peixe azul defumado ganha a companhia de molho de maçã e purê de batata (83 reais)

Rua Fidalga, 314, Vila Madalena, São Paulo

27º Lilia (RJ)

Entre antiquários e comércios populares, um sobrado centenário na região da Lapa carioca esconde a sofisticada cozinha do chef Lucio Vieira. A meta do cozinheiro: criar pratos inovadores, com ingredientes de qualidade e preços acessíveis. Para isso, ele só trabalha com menu degustação (112 reais). Inclui couvert, entrada, prato principal e sobremesa. Há também receitas que podem ser incluídas no percurso por um valor extra, a exemplo do namorado na brasa com emulsão de mexilhão, vagem, brócolis, alho poró, picles de nabo e óleo de dill (32 reais).

Rua do Senado, 45, Centro, Rio de Janeiro

28º 74 (Búzios/RJ)

O pôr do sol emoldurado pelo restaurante do hotel boutique Casas Brancas já é uma atração à parte – e um excelente pretexto para comer no empreendimento. Mas o chef Gonzalo Vidal elaborou um cardápio à altura da paisagem. Inclui receitas certeiras como pescado do dia com arroz caldoso de coco, coentro e beurre blanc (129 reais); ravioli com recheio de queijo brie e molho de manteiga de sálvia com lascas de castanhas do Pará (98 reais); e lagosta na manteiga cítrica com nhoque de banana da terra e castanhas do Pará (169 reais).

Rua Morro do Humaitá, 10, Lot. Triângulo de Búzios, Búzios

29º Rocka (Búzios/RJ)

Foi na tranquilidade da Praia Brava – distante das movimentadas Orla Bardot e Rua das Pedras – que Gustavo Rinkevich decidiu criar um dos melhores restaurantes de Búzios. E não é somente pela vista, mas pelo cardápio cheio de receitas autorais e muita inspiração dos ingredientes locais. Tanto é que os peixes e frutos do mar vêm dos pescadores da região, enquanto os vegetais são da horta própria. Entre as inovações, há ceviche misto com abacate, tucupi e chips de batata doce (79 reais); salada de queijo de cabra caramelizado com relish de manga, focaccia de azeitonas pretas e rúcula (69 reais); e vieiras grelhadas acompanhadas de risoto de grãos e brócolis e emulsão de castanha do Pará (154 reais).

Rua da Praia, Praia Brava, Búzios

30º Jiquitaia (SP)

Agora em um imóvel discreto – e não mais no casarão antigo, de cores vibrantes, próximo ao centro paulistano –, o estabelecimento que deu fama ao chef Marcelo Corrêa Bastos continua em alta. Irmã dele, Carolina Corrêa Bastos, a Nina, também segue à frente do atendimento e da coquetelaria. Para começar, por sinal, peça um mansour, drinque que une cachaça Princesa Isabel, mate e mel de mandaçaia (37 reais). Depois é só se decidir entre a moqueca (95 reais); a feijoada (81 reais), servida só aos sábados; e as bochechas de porco grelhadas com pamonha e pimenta de cheiro (85 reais), entre outros pratos do gênero.

Rua Coronel Oscar Porto, 808, Paraíso, São Paulo

30º Mesa do Lado (RJ)

Difícil achar outro restaurante para comparar com este aqui, criado pelo chef Claude Troisgros em parceria com o diretor artístico Batman Zavareze. Funciona em um pequeno espaço de eventos dentro do Chez Claude, no Leblon. Com apenas seis mesas e doze lugares no total, é um local que convida a clientela a comer e beber, mas também a se deliciar com a trilha sonora e as projeções que roubam a cena enquanto o jantar é servido. Ao longo de 2h20, as paredes do espaço são tomadas por fotos de família Troisgros, poemas e até projeções do chef e da cantora Roberta Sá, responsável pela canja musical. À vista de todos, a cozinha expede receitas fora de série como cappuccino de cogumelos, salmão com azedinha e wagyu com purê de aipim, batata-doce, blueberry, quiabo e molho bordelaise. O restaurante-show funciona só de quinta a sábado e não abre mão de reservas – quem chega depois das 20h fica de fora. Com harmonização, a experiência custa quase 1.400 reais por pessoa.

Rua Conde Bernadotte, 26 (Loja P, Q, R e 101), Leblon, Rio de Janeiro

30º Picchi (SP)

Brasileiro, apesar do nome, o chef Pier Paolo Picchi se dedica à culinária italiana com uma inquietude marcante. E não é difícil encontrar provas disso. É o caso do tartar de cordeiro com ostra e maçã verde (81 reais) e do linguado com camarão, palmito e uvas verdes (176 reais). Receitas mais tradicionais, a exemplo do spaghetti ao vôngole com pancetta e ouriço fresco (154 reais), também têm espaço garantido no menu. Laureado com uma estrela Michelin, o endereço serve dois menus degustação: o Tradizione (485 reais) e o criativo Picchi (761 reais).

Rua Oscar Freire, 533, Jardins, São Paulo

31º Íz (Goiânia)

Quando refletia sobre o conceito de seu primeiro restaurante, o chef Ian Baiocchi concluiu que precisava se diferenciar dos demais restaurantes de comida brasileira e marcar sua bagagem internacional, que inclui estágios nos renomados Mugaritz e El Celler de Can Roca. Na falta de um nome, recorreu a uma consultoria, que lhe veio com Íz, paladar em húngaro. O endereço serve entradas como barriga de porco com batata frita, compota de tomates e molho aiöli feito com três pimentas (54 reais) e camarões com banana da terra, pó de bacon, pimenta dedo de moça e cebolete (78 reais). De principal há robalo com missô de pistache e nhoque de mandioquinha, manteiga de baru, salsão e queijo da Serra do Bálsamo (136 reais), entre outros pratos igualmente chamativos.

Rua 1129, 146, Setor Marista, Goiânia

32º Cozinha Tupis (BH)

Ao lado da Distribuidora Goitacazes, dos mesmos donos, ajudou a dar o start na revitalização do Mercado Novo de Belo Horizonte, conhecido, até 2018, por um inegável ar de abandono. O restaurante e a Goitacazes, uma cervejaria, foram inaugurados naquele ano no segundo andar do mercado, onde cerca de 40 negociantes resistiam. O grupo também é dono do bar Juramento 202, da cervejaria Viela e da pizzaria Forno da Saudade, situados em regiões que não fazem parte do eixo badalado de BH. Com a chegada dos novos empreendimentos, o Mercado Novo ganhou diversos outros inquilinos, um mais moderninho que o outro, e virou um dos destinos mais descolados da cidade. Comandado pelo chef Henrique Gilberto, o Cozinha Tupis serve acepipes como ovo de codorna com gema mole (42 reais) e queijo provolone crocante com melaço (42 reais). O lombo de pirarucu com ragu de pé de porco e couve crocante (52 reais) é um dos pratos principais mais recomendados

Mercado Novo, Avenida Olegário Maciel, 742, LJ 2161, Centro, Belo Horizonte

32º Igor (Curitiba)

“São as pequenas coisas que um faz pelo outro dentro de um restaurante que fazem diferença no prato do cliente”, defende Igor Marquesini, o chef da casa. Priorizando ingredientes locais, ele serve dois menus degustação. O mais extenso, com onze etapas, custa 320 reais (ou 580, com harmonização). Começa com quatro snacks, seguidos de pães, três pratos principais, duas sobremesas e bombons. O outro menu, com seis etapas, reúne clássicos da casa. Custa 230 reais (ou, com harmonização, 450 reais). São dois pratos principais, entrada, pães, sobremesa e bombons.

Rua Gutemberg, 151, Batel, Curitiba

33º Caxiri (Manaus)

Peixes, matos, frutos e cogumelos selvagens da Amazônia. Eis a base do cardápio elaborado pela chef Debora Shornik para o Caxiri, vizinho do icônico Teatro Amazonas. Para dar início à imersão na culinária proposta pelo Caxiri, peça uma caipirinha amazônica, que junta cachaça de jambu com limão, melaço de cana e puxuri (37 reais). Para acompanhar, vale a pena pedir o pirarucu curado, servido com creme ácido, pão e pimenta de cheiro tostada (37 reais). Outra entrada elogiada é a piranha assada na brasa (52 reais). Chega à mesa com vinagrete de cubiu, farofa de Uarini e pimenta Murupi. O filé de matrinxã é quase obrigatório – assado, ganha a companhia de macaxeira prensada, queijo de coalho e arubé (98 reais).

Rua 10 de Julho, 495, Centro, Manaus

33º Dona Mariquita (Salvador)

Mais que preparar comidas saborosas, o Dona Mariquita presta um serviço ao resgatar receitas que eram servidas em feiras livres e barracas de rua pela Bahia. E, não à toa, o cardápio é dividido pelas influências gastronômicas – como “comida de baiano” ou de origens africanas. Toda a experiência é fiel à proposta de Leila Carreiro, que fundou o restaurante em 2016 e, até hoje, comanda a cozinha no boêmio bairro do Rio Vermelho. Há desde entradinhas, como mini acarajés com vatapá e camarões secos (por 40 reais), até pratos substanciosos como rabada com agrião (80 reais) e feijoada de frutos do mar (250 reais).

Rua do Meio, 178, Rio Vermelho, Salvador

34º Aizomê (SP)

A discreta Telma Shiraishi é uma das maiores autoridades da culinária japonesa no Brasil – e a ponto de ter sido alçada a embaixadora desse tipo de gastronomia pelo governo do Japão. Com duas unidades, uma delas na Japan House paulistana, o restaurante virou uma referência. De um lado, soube quebrar tabus com um ótimo menu vegetariano a 290 reais. De outro, mantém as tradições vivas. Privilegia wasabi fresco e serve omakases tradicionais a partir de 295 reais – com atum bluefin e wagyu a conta vai para 490 reais. Também há pedidas à la carte e democráticos bentôs.

Alameda Fernão Cardim, 39, Jardim Paulista, São Paulo
Avenida Paulista, 52, Bela Vista, São Paulo

34º Barú Marisquería (SP)

Escondido em uma vilinha charmosa com acesso pela Rua Augusta, em São Paulo, o acanhado restaurante do chef colombiano Dagoberto Torres vive concorrido desde a abertura, em 2018. O sucesso, em parte, se explica pelos preços camaradas, como provam os chicharrones de camarón (49 reais), o ceviche de vieira e sarnambi com abacate, pimenta crisp e amendoim (38 reais) e os mexilhões com hogao, leite de coco, pisco e arepas (53 reais). Para acompanhar há drinques como pisco sour (41 reais) e maria sangrienta, união de tequila, suco de tomate temperado e salsa picante (39 reais).

Rua Augusta, 2542, Cerqueira César, São Paulo

34º Capincho (POA)

O salão com decoração industrial, paredes de tijolos e iluminação intimista é o pano de fundo para degustar receitas de inspiração sulista. Para começar, prove um dos drinques autorais e com ótima execução, a exemplo do negroni de bergamota (34 reais). O jarret de porco, trazido de uma fazenda próxima, é servido com molho de carne, coração de alface e maçã verde (96 reais). Outro grande prato é a tradicional costela assada por 16 horas (125 reais).

Praça Doutor Maurício Cardoso, 61, Moinhos de Vento, Porto Alegre

35º Sult (RJ)

Não há grandes formalidades no restaurante comandado por Nelson Soares: o salão é minimalista e dá destaque à cozinha – bem visível ao público. E essa disposição não parece coincidência, porque a interação com os clientes parece parte da filosofia, com direito a receitas com toques regionais, a exemplo do pirarucu com risoto de tucupi e jambu com castanha do Pará ralada (88 reais). O fettuccine com sururus custa 68 reais e a fregola com polvo e tutano sai a 82 reais.

Rua Fernandes Guimarães, 77, Botafogo, Rio de Janeiro

35º Votre Brasserie (SP)

Numa época em que muitos chefs parecem determinados a inventar o que for preciso para ocupar boas posições no ranking The World’s 50 Best Restaurants, são cada vez mais raros os endereços que assumem o desejo de servir comida sem invencionice alguma. É o caso do Votre, dos mesmos donos do Teus, quase vizinho. Com ambientação caprichada, tem cativado a clientela com clássicos como boeuf bourguignon (79 reais), brandade de bacalhau com salada verde (65 reais), pato assado com molho de laranja (99 reais) e por aí vai. Os drinques expedidos pelo bartender? Alguns autorais e muitos clássicos.

Rua Natingui, 1.520, Pinheiros, São Paulo

36º Preto (SP)

Uma das grandes novidades gastronômicas de São Paulo em 2022, o restaurante do soteropolitano Rodrigo Freire, advogado e cozinheiro, presta tributo à cozinha baiana, mas de olho na contemporaneidade (o arrojado projeto arquitetônico não deixa mentir). Para tapear a fome a cozinha expede bons tira-gostos como pastel de arraia com leite de coco e azeite de dendê (37 reais) e camarão empanado com crocante de tapioca (37 reais). Para acompanhar, peça um dos drinques criados pelo bartender Christopher Carijó. O arroz que junta sobrecoxa de frango desossada, molho de camarão seco, castanha e farofa de banana da terra (77 reais) é um dos pratos principais mais solicitados.

Rua Fradique Coutinho, 276, Pinheiros, São Paulo

37º Punk Cuisine (Curitiba)

Como o nome já indica, o Punk Cuisine está interessado em quebrar paradigmas culinários. Quer um negroni? No lugar desse clássico, a casa vai te oferecer, pode apostar, o punk negroni, que junta shochu, Carpano Rosso, Campari e twist de laranja (50 reais). Prefere um gim-tônica? A sugestão é o nihon & tonic, união de gin Roku, água tônica, limão siciliano e umeboshi (50 reais). Da cozinha saem pedidas como carpaccio de barriga de salmão (89 reais), sashimi de peixe branco com tucupi (56 reais) e fraldinha Black Angus grelhada na brasa (159 reais).

Rua Dr. Brasílio Vicente de Castro, 111 (loja 05), Campo Comprido, Curitiba

38º Makoto San (SP)

Nada de salmão por aqui e a única opção é o menu degustação. O jantar tem duração de 1h50 e só se admite cinco minutos de atraso. Cancelou sua reserva com menos de 24 horas de antecedência? Será preciso pagar uma taxa de 400 reais, sinto muito. Eis algumas das informações que os clientes assíduos do acanhado Makoto San já sabem de cor e salteado (e que os novatos precisam decorar o quanto antes). Um dos japoneses mais cultuados de São Paulo, o restaurante cobra 700 reais de cada visitante, com bebidas pagas à parte. E isso tudo vale a pena.

Rua Leandro Dupret, 108, Vila Clementino, São Paulo

39º Komah (SP)

Em outubro de 2022, o chef Paulo Shin se despediu do Komah, deixando ele nas mãos do empresário Alessandro Papi e do subchef Daniel Park. Este continua a surpreender a clientela com entradas como steak tartare coreano (45 reais) e macarrão de batata doce com legumes sortidos e mel de abelhas nativas (47 reais). O arroz salteado com kimchi e omelete cremoso (59 reais) disputa as preferências com o arroz caramelizado com costela bovina braseada (62 reais), acompanhado de ovo estalado ou omelete.

Rua Cônego Vicente Miguel Marino, 378, Barra Funda, São Paulo

40º Grado (RJ)

É indiscutível que as receitas italianas costumam ser reconfortantes. E ainda mais quando servidas em um casarão charmoso como o do Grado, decorado com livros, estantes de madeira e uma porção de quadros. No Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ), o endereço é comandado pelo chef Nello Garaventa – de família ítalo-brasileira. Da cozinha saem maravilhas como o agnolotti de javali e prime rib de porco com rúcula, tomates e purê rústico de batatas gratinadas na lenha. Atualmente, o restaurante trabalha somente com menu degustação com três tempos mais sobremesa (189 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 31, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

41º Kan Suke (SP)

Laureado com uma estrela Michelin, foi apresentado pela publicação da seguinte maneira: “este minúsculo japonês demonstra a razão pela qual, muitas vezes… os melhores perfumes estão nos menores frascos”. Isso porque o acanhado Kan Suke fica escondido em uma galeria comercial e pode passar despercebido para muita gente. Quem comanda a cozinha é o proprietário, o japonês Keisuke Egashira. Ele serve dois tipos de menu degustação, um só com pratos frios e o outro com direito, também, a pedidas quentes.

R. Manuel da Nóbrega, 76 – Paraíso, São Paulo – SP, 04001-080

42º Florestal (BH)

O nome do estabelecimento, mais um da chef Bruna Martins, não se deve só ao bairro no qual ele está localizado, Floresta, em Belo Horizonte. Tem ainda a praça na qual fica o restaurante, sombreada por enormes paineiras, e as mais de 100 plantas que decoram o empreendimento. E faltou falar que os vegetais e as plantas não são meros coadjuvantes no cardápio. Boa parte da graça da salada de lula, por exemplo, se deve ao picles de beterraba – a entrada também leva queijo de cabra e molho pesto (55 reais). Um dos pratos principais mais pedidos é a macarronada oriental com cogumelos, acompanhada de kimchi e sanduichinhos de berinjela à milanesa (119 reais).

Avenida Assis Chateaubriand, 176, Floresta, Belo Horizonte

43º Chez Claude (SP/RJ)

Em setembro de 2020, Claude Troisgros e seu filho, Thomas Troisgros, inauguraram no Itaim Bibi uma filial do Chez Claude, cuja matriz, em operação desde 2017, fica no Leblon. A novidade marcou a volta do apresentador do programa “Que Marravilha!”, da GNT, a São Paulo, onde ele não atuava havia 26 anos, desde a venda do extinto Roanne. Comandada por Thomas, a novidade serve entradas como pudim de agrião com gorgonzola e crisp de mortadela (49 reais) e vieiras com doce de leite, limão e palmito pupunha (72 reais). Braseada por cinco horas, a costela ganha a companhia de aligot e picles de jiló confitado (136 reais)

Rua Conde de Bernadote, 26, Leblon, Rio de Janeiro

Rua Professor Tamandaré Toledo, 25, Itaim Bibi, São Paulo

44º Cora (SP)

Fica na cobertura de um prédio retrofitado localizado numa área do centro paulistano que já viu dias melhores. Ao ar livre, o restaurante do chef argentino Pablo Inca aposta muitas fichas na grelha para preparar pratos memoráveis. Para enganar o estômago, peça o peixe cru acrescido de caju, limão e pimenta (46 reais) ou a abobrinha com queijo tulha e cacau (38 reais). Outra boa pedida para aquecer os motores: mussarela fresca com figos e tomates crocantes (54 reais). O peixe assado com purê de cenoura (75 reais) é um dos pontos altos.

Rua Amaral Gurgel, 344 (6º andar), Centro, São Paulo

45º Birosca S2 (BH)

Na ativa há mais de uma década, o estabelecimento da chef Bruna Martins se converteu em um dos destinos mais disputados no bairro de Santa Tereza, em Belo Horizonte. Honra a tradição botequeira da cidade do início ao fim do cardápio. Tome, como exemplo, o bolinho de pirão de rabada com maionese de agrião (42 reais) ou o “franguin à passarin”, incrementado com goiabada fermentada e coalhada de fígado (46 reais). Tem até strudel de jiló com cebola caramelizada, mousse de fígado e queijo azul (42 reais). Entre os pratos principais, o empadão de pato (76 reais) e o cupim da casa (129 reais) dividem as preferências.

Rua Silvianópolis, 483, Santa Tereza, Belo Horizonte

46º Oro (RJ)

Em funcionamento desde 2010, é considerado um dos maiores representantes da alta gastronomia no país. Além dele, só mais dois restaurantes brasileiros ostentam duas estrelas Michelin, os paulistanos Ryo Gastronomia e D.O.M, este do chef Alex Atala (o Tuju, o quarto, também em São Paulo, ganhou um ponto final na quarentena e deve reabrir em maio). No Leblon, o restaurante do chef Felipe Bronze trabalha só com menu degustação. O mais em conta custa 545 reais – ou 795 reais, com vinhos. O preço do outro menu é 655 reais e com vinhos a conta vai para 995 reais. Os dois percursos começam com onze entradinhas para comer com as mãos, caso da ostra com sorbet de caipirinha sobre crocante de torresmo. Depois são dois ou quatro pratos principais, a exemplo da cavaquinha com alho-po­ró e pistache e do peixe com pamonha e caldo de milho tostado.

Avenida General San Martin, 889, Leblon, Rio de Janeiro

47º Président (SP)

Não espere discrição no Président, restaurante do famoso Erick Jacquin. Não bastasse o carisma do jurado do MasterChef Brasil, que nunca consegue pisar no restaurante sem tirar uma porção de fotos com parte da clientela, as paredes e o teto são pintados de vermelho chamativo. Ou seja, o endereço “instagramável” é sinônimo de fotos e mais fotos. Da cozinha saem clássicos da culinária francesa, como terrine de foie gras de pato (190 reais); cassoulet de coelho (200 reais); e steak tartare de filé mignon (160 reais). Também há menu degustação surpresa com sete etapas (660 reais) e menu executivo com entrada, prato principal e sobremesa durante a semana (139 reais).

Rua da Consolação, 3527, Cerqueira César, São Paulo

48º Tragaluz (Tiradentes/MG)

É difícil imaginar o Tragaluz fora da cidade histórica de Tiradentes (MG). E não só porque ele ocupa, há mais duas décadas, um charmoso casarão de 300 anos que virou sinônimo do restaurante. É porque o estabelecimento virou um símbolo da gastronomia da cidade. Com direito a luz de velas, o chef Felipe Rameh serve entradinhas como burrata com flor de sal defumada, azeite mineiro, pão tostado na manteiga com alho e alecrim (58 reais) e coalhada seca de ovelha com tomates assados, quiabo crocante com lardo, broinha com queijo, jiló e pão artesanal (58 reais). O bacalhau assado no azeite com louro fresco, broinha de milho, cebolinhas douradas, azeitonas portuguesas e angu de milho branco de Barbacena (149 reais) é um dos pratos principais mais pedidos.

Rua Direita, 52, Centro, Tiradentes

49º Jun Sakamoto (SP)

Quase tão escondido quanto os cofres dos bancos, o discreto sobrado do restaurante de Jun Sakamoto combina com o estilo discreto dele. No balcão, são atendidos apenas oito clientes por vez. Se quem estiver do outro lado for o próprio sushiman, o preço do omakase é 550 reais por pessoa. Se o preparo ficar a cargo de Ryuzo Nishimura a conta baixa para 500 reais (nas mesas são 450 reais). Para quem conseguir uma das disputadas vagas, a sequência inclui 13 peças feitas com hokkigai, ouriço do mar e peixes do dia.

Rua Lisboa, 55, Pinheiros, São Paulo

49º Kuro (SP)

Literalmente para poucos, pois não tem como acomodar muita gente, é comandado pelo chef espanhol Gerard Barberan, também à frente da Bottega Bernacca. O dia a dia, no entanto, cabe a talentosos sushimen. Para acompanhar o trabalho deles de perto, convém sentar-se no balcão. A única opção é o menu degustação (390 reais), servido às 19h e às 21h. Inclui peças feitas com peixes como sororoca, pargo, olhete e o celebrado atum bluefin, além de vieiras e outras iguarias do mar.

Rua Padre João Manuel, 712, Cerqueira César, São Paulo

50º Arturito (SP)

Há quem visite o discreto restaurante no bairro de Pinheiros, em São Paulo (SP), na esperança de avistar a Paola Carosella – que se tornou uma verdadeira celebridade no mundo da gastronomia após participar do MasterChef e ainda mais agora, na TV Globo. Quem vai até lá e não encontra a chef, porém, não tem do que reclamar: o cardápio vale a visita. A cozinha expede como entrada, por exemplo, berinjela defumada com coalhada, picles, ervas, melado e limão siciliano (45 reais) e empanada de queijo artesanal brasileiro incrementada com cebola, coentro e pimenta (29 reais). O clássico nhoque do Arturito, com ricota artesanal e linguiça de porco, custa 89 reais.

Rua Artur de Azevedo, 542, Pinheiros, São Paulo

50º K.Sa (Curitiba)

Quem comanda o empreendimento é a chef Claudia Krauspenhar, participante da segunda temporada do Mestre do Sabor. A seção de entrada do cardápio lista opções que não pesam no estômago como ostras gratinadas ao creme de raiz forte (a partir de 45 reais); tartar de atum ao molho oriental (59 reais); e o clássico steak tartare (49 reais). Há massas como tagliatelle com ragu de ossobuco (69 reais) e risotos como o de pêra com gorgonzola e cogumelos (67 reais), além de peixes e carnes.

Rua Fernando Simas, 260, Bigorrilho, Curitiba

50º Obst. (Curitiba)

O Obst., não mais comandado pelo chef Lênin Palhano, serve pratos como ravióli de gema (70 reais) e carré de cordeiro com molho de mandioquinha defumada, nhoque de mandioquinha e tuile de mandioquinha (195 reais). O menu degustação custa 490 reais (com harmonização são mais 250 reais).

Alameda Prudente de Moraes, 983, Centro, Curitiba

Qual a diferença entre um restaurante casual e um restaurante formal?

51º Gero Rio (RJ)

Na filial carioca do Gero – que ocupa o térreo do hotel do grupo em Ipanema –, o menu executivo de almoço (com entrada, principal e sobremesa) custa 167 reais. Para quem não está preocupado em economizar, na conta ou nas calorias, a seção à la carte do cardápio enche a clientela de dúvidas – boas dúvidas. Carpaccio de filé mignon com rúcula, parmesão e vinagre balsâmico (92 reais) ou nhoque com polenta e fonduta com queijo taleggio (125 reais)? Ravioli recheado com carne de vitela e molho de cogumelos (107 reais) ou risoto de açafrão com ossobuco e cogumelos (155 reais)? Na hora da sobremesa é mais fácil: quase todo mundo vai no tiramisù (53 reais).

Avenida Vieira Souto, 80, Ipanema, Rio de Janeiro

52º De Segunda (SP)

É tocado por um casal de chefs acostumados com as câmeras de TV. Ele, Gabriel Coelho, ganhou a primeira temporada do Mestre do Sabor. Ela, Júlia Tricate, venceu a terceira temporada do The Taste Brasil. Inaugurado em 2021, o restaurante da dupla serve entradinhas como croquete de carne de panela (38 reais) e guioza de joelho de porco (42 reais). O steak tartare da casa é feito com beterraba na brasa (42 reais). De principal há arroz de polvo (115 reais) e bochecha de porco glaceada na cerveja preta (75 reais), entre outras tentações. Para conhecer o trabalho da dupla a fundo, vale a pena investir no menu degustação, a 220 reais.

Rua Prof. Tamandaré Toledo, 160, Itaim Bibi, São Paulo

53º Banzeiro (SP/Manaus)

Consolidado como patrimônio de Manaus – onde existe desde 2009 –, o Banzeiro chegou a São Paulo em 2019. E, de lá para cá, apresentou aos paulistanos as receitas autorais de influência amazônica criadas pelo catarinense Felipe Schaedler (que passou a viver com a família no norte do país quando ainda era adolescente). É o caso do bolinho de pirarucu de casaca, que leva peixe curado e banana. Com porções generosas para até três pessoas e itens muitas vezes desconhecidos, o menu Rio Negro, que inclui tambaqui, tacacá e até formiga, é uma excelente pedida. A barriga de pirarucu na brasa custa 174 reais e a costelinha de tambaqui agridoce (e obrigatória) sai a 58 reais.

Rua Tabapuã, 830, Itaim Bibi, São Paulo
Rua Libertador, 102, Nossa Senhora das Graças, Manaus

54º Carvão (Salvador)

Como o próprio nome indica, o ponto-forte do restaurante comandado por Ricardo Silva é a carne, ainda que a relação com o carvão seja mais próxima que a comum: o cozinheiro prepara os cortes diretamente sobre a brasa, que garante mais crosta e sabor defumado. Na lista de inovações, o chef também já maturou peças de bife ancho na cera de abelha por 90 dias. Por outro lado, há preparos cotidianos, como fraldinha (300g por 139 reais), chorizo (300g por 119 reais), e prime rib (500g por 229 reais), todos com acompanhamentos. O menu executivo custa 74,90 reais.

Rua Professor Sabino Silva, 5, Chame-Chame, Salvador

55º Sud, o Pássaro Verde (RJ)

É até difícil reconhecer o restaurante, que parece camuflado na vizinhança, em pleno Jardim Botânico, no Rio de Janeiro (RJ). Mas isso está diretamente ligado à proposta de Roberta Sudbrack: retirar toda a pompa da cozinha para oferecer o que há de melhor na gastronomia. E nesse retorno às raízes, o forno de barro ganhou status de protagonista: é dali que saem quase todos os pratos. No menu, destacam-se a costelinha de porco caipira assada no forno de barro (155 reais), o brisket servido com arroz jasmin (145 reais) e o polvo na brasa com shitake, batatinhas, folhas orgânicas e mini pimentões (185 reais). Na lista de sobremesas caseiras, ambrosia (55 reais) e bolo molhado de chocolate (44 reais).

Rua Visconde de Carandaí, 35, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

56º Remanso do Peixe (Belém)

É curioso imaginar que um verdadeiro patrimônio gastronômico de Belém (PA) começou quase por acaso: quando o depósito de bebidas da família passou a perder clientes por conta de violência que assustava a região, o pai de Thiago Castanho – atual responsável pela cozinha – decidiu montar uma pizzaria improvisada e, depois, começou a servir moqueca. Foi assim que, há mais de duas décadas, o Remanso do Peixe se transformou no ícone da “comida raiz”, com caldinho de tucupi com jambu e tucunaré recheado com camarões e caranguejo, entre outros pratos típicos do Pará.

Conjunto Célso Malcher, 64, Marco, Belém

57º Guri (Porto Alegre)

O restaurante do chef Enio Valli se impôs a meta de resgatar receitas, ingredientes e técnicas de cocção tradicionais dos pampas gaúchos. Daí que todos os pratos são preparados no calor da brasa e todos os insumos saem de pequenos produtores do Sul do Brasil, principalmente do Rio Grande do Sul. O menu degustação, com até dez etapas, custa 250 reais (com harmonização de vinhos a conta vai para 530 reais). O menu executivo, digamos assim, servido só no almoço, sai por 98 reais. Permite a escolha de uma proteína e dá direito aos acompanhamentos do dia. É necessário reservar.

Estrada Linha 15 da Graciema, 676, Vale dos Vinhedos, Bento Gonçalves

57º Ostradamus (Floripa)

É difícil imaginar que uma oficina mecânica – transformada em lanchonete há quase 26 anos – viraria uma referência gastronômica em Florianópolis (SC). Só que Jaime Barcelos foi além: o Ostradamus chega a ser considerado o melhor restaurante de ostras do país. Não bastasse uma mãozinha da natureza, que garante ótimos moluscos em Ribeirão da Ilha, o chef criou um sistema de purificação para evitar contaminações. Existem 14 tipos de preparo, além de frutos do mar. Mas o bom atendimento, a decoração extravagante e o píer também justificam a visita.

Rodovia Baldicero Filomeno 7640 z, Ribeirão da Ilha, Florianópolis

58º Zoi (Fortaleza)

É na beira do lago – que pertence a um parque de wakeboard – que o Zoi propõe a conexão com a natureza ao redor. Prova disso é a decoração minimalista e as paredes de vidro, que ainda garantem vista privilegiada do pôr do sol. Só que também vale guardar parte do entusiasmo para o cardápio, que capricha nas opções e na apresentação. Entre os clássicos, há camarão rosa grelhado sobre farofa de tapioca frita (97 reais) e cordeiro cozido durante 40 horas com cuscuz marroquino (72 reais). Também dá para pedir menu de almoço (64 reais) e até combinados de sushi.

Avenida Hermenegildo Sá Cavalcante, S/N, Edson Queiroz, Fortaleza

59º Xavier (POA)

Poucos restaurantes mediterrâneos acumulam tanto prestígio nesta região do país como este, comandado pelo chef Xavier Gamez. No menu as atenções se voltam todas para os frutos do mar. O fideuá de polvo (176 reais) é um dos pratos principais mais pedidos, assim como o arroz com lula grelhada, tinta do molusco, pimentão assado na lenha e molho aïoli (138 reais). As vieiras grelhadas podem ser servidas com creme de batata, cogumelos salteados no alho-poró e picles de couve-flor (234 reais). Tenha em mente: o restaurateur costuma oferecer pratos que não aparecem no menu.

Rua Auxiliadora, 203, Auxiliadora, Porto Alegre

60º Turi (BH)

Também responsável pelo Capitão Leitão, pelo Caravela e pelo Beco, todos em Belo Horizonte, o chef Cristóvão Laruça incluiu na sua lista de atribuições o Turi, aberto há dois anos. Dentro do Ponteio Lar Shopping, a novidade aposta boa parte de suas fichas no fogo para transformar o sabor e a textura dos ingredientes. Laruça viajou por três continentes para conseguir dar um ar contemporâneo ao método mais primitivo de cocção. O peixe do dia, por exemplo é acompanhado de tucupi negro, emulsão de azeite com cartilagens e legumes grelhados. O menu degustação soma treze etapas.

Ponteio Lar Shopping, Saída Rodovia Br 356, 2500 – Santa Lúcia, Belo Horizonte

61º Voar (Recife)

Inaugurado em 2022, já virou um dos mais queridinhos de Recife. O cardápio já diz a que veio com a seção que lista petiscos para comer com as mãos, a exemplo do camarão empanado na farinha de tapioca acompanhado de molho tarê de rapadura (90 reais). O pão de açaí cozido no vapor, outro acepipe imperdível, é incrementado com camarão frito empanado na tapioca, maionese com toque de jambu, molho de cupuaçu e castanha do Pará (45 reais). Bater o martelo no prato principal não é fácil. Duas escolhas certeiras: peixe branco grelhado na manteiga ao molho de coco (160 reais) e moqueca de frutos do mar (260 reais).

Rua Baltazar Pereira, 130, Boa Viagem, Recife

62º São Pedro (Recife)

Comandado pelo chef Thiago das Chagas, é uma parada quase obrigatória nos passeios de sábado pela região do Pátio São Pedro, em Recife. Auto-definido como uma marisqueria pernambucana, serve pratos substanciosos como arroz de camarão (109,90 reais, para duas pessoas) e baião de dois de peixe (42,90 reais). A caldeirada do mar com legumes orgânicos (58,90 reais) é outro hit do cardápio, que também lista drinques autorais. O mameluco junta vodca, xarope cítrico e folhas de hortelã (25,50).

Pátio de São Pedro, casa 33, bairro de São José, Recife

63º Osteria Della Colombina (RS)

Poucos restaurantes podem se incumbir da produção de praticamente todos os ingredientes, além do preparo da comida. Mas esse não é um problema para a Osteria Della Colombina, que produz boa parte do que vai para a mesa – com técnicas orgânicas e biodinâmicas. Sob o pretexto de “cozinha afetiva”, a chef Odete Lazzari trouxe receitas que aprendeu na infância para criar o menu. Este remete às refeições em família. Inclui polentas, sopa de capeletti, a típica carne lessa, salada, nhoque de três queijos, galinha com tomate, sobremesa, licores e frutas. E tudo é servido quantas vezes o cliente quiser.

Estrada do Sabor, S/N, Linha São Jorge, Garibaldi

64º Ristorantino (São Paulo)

Não é tarefa simples se manter relevante por quase uma década – ainda mais na disputada categoria de restaurantes italianos. Mas o Ristorantino tirou de letra: com hospitalidade ímpar e ambiente que até parece transportar a clientela à Europa, a casa do restaurateur Ricardinho Trevisani é referência na cidade. O cardápio lista pratos dos quais os fregueses nunca se cansam, a exemplo da lasanha com ragu de vitela, trufas negras e creme de Grana Padano (145 reais). O spaghetti alla carbonara custa 119 reais e o agnolotti com recheio de alcachofras e molho de tomate e tomilho sai a 109 reais.

Rua Doutor Melo Alves, 674, Cerqueira César, São Paulo

65º Cuia (SP)

Não bastasse a localização privilegiada em pleno Copan, famoso cartão-postal paulistano projetado por Oscar Niemeyer, o Cuia é daqueles estabelecimentos que parecem receber todos com os braços abertos – inclusive uma livraria, com a qual divide o espaço. Parte do sucesso se deve à chef e sócia Bel Coelho, que selecionou para o menu desde tostex de pão de fermentação natural – com queijo da Canastra e geleia de jabuticaba (34 reais) – até baião de dois com feijão manteiguinha, pimenta de cheiro, abóbora e linguiça artesanal (61 reais). Na coquetelaria, destaque para o tucupi sour, que junta rum defumado, angostura de cacau, melado de cana, limão, aquafaba, tucupi negro e nibs de cacau (44 reais).

Avenida Ipiranga, 200, loja 48, República, São Paulo

66º Casa do Saulo (Santarém/Belém)

Considerando as dimensões continentais do nosso país, é natural que um mesmo restaurante tenha diferentes personalidades em cidades distantes. Mas a Casa do Saulo – que já tinha unidades no Pará – preservou a essência na filial que fica dentro do Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro (RJ). Fazem parte do cardápio tucupi com jambu e camarão do Tapajós (24,90 reais); linguiça de pirarucu com jambu (49,90 reais); e até mesmo o pato no tucupi (94,90 reais), que é considerado um patrimônio da gastronomia paraense.

Rodovia Interpraias, Km 4, São Francisco do Carapanari, Santarém
Rua Siqueira Mendes, S/N, Cidade Velha, Belém
Rua Doutor Assis, 834, Cidade Velha, Belém
Praça Mauá, 1, Centro, Rio de Janeiro

67º Nino Cucina (SP)

Agora com uma unidade no Rio de Janeiro e outra filial saindo do forno em Goiânia, o restaurante número um do chef Rodolfo De Santis continua a todo vapor. É incalculável a quantidade de pessoas que visitam a matriz em busca de um reconfortante spaghetti alla carbonara (59 reais) ou de um ossobuco de vitela com risoto de açafrão (78 reais). Os negócios do chef se multiplicam como nunca – ele tem uma porção de outros restaurantes como o Da Marino e o Giulietta – graças à fusão de seu grupo com o Alife, que controla as redes de bares Boa Praça e Tatu Bola, entre outras. O negócio foi costurado pela XP Investimentos, que, em troca de uma fatia não revelada, injetou 100 milhões de reais no novo grupo, o Alife Nino.

Rua Jerônimo da Veiga, 30, Jardim Europa, São Paulo

67º Gajos D’Ouro (RJ)

Agora em novo endereço, é comandado por ex-funcionários do lendário Antiquarius – “gajos d’ouro”, ou meninos de ouro, era como um ex-patrão se referia à equipe. O cardápio é fiel à tradição ibérica, como prova o polvo à lagareiro (205 reais) e as dezessete variações de bacalhau – há até um abrasileirado strogonoff (245 reais). Também há cabrito assado (180 reais), moqueca de badejo e camarão (195 reais) e os irrecusáveis doces típicos da “terrinha”, como o toucinho do céu (45 reais) e a encharcada de fios de ovos (R$ 45 reais).

R. Aníbal de Mendonça, 31, Ipanema, Rio de Janeiro

68º Borgo Mooca (SP)

Sim, o restaurante de Matheus Zanchini hoje fica em Santa Cecília, no imóvel que já foi do Così. Mas ele continua a homenagear o bairro no qual surgiu e ajudou a transformar num destino gastronômico descolado. Não existe monotonia no cardápio, que se renova semanalmente com receitas autorais e diferentes influências culturais. Torça para encontrar no menu o lombo de atum cru com melancia tostada, coalhada e tapenade de olivas tostadas (76 reais) ou o ovo com gema mole, acompanhado de carne de siri, batata e maionese de bottarga (38 reais).

Rua Barão de Tatuí, 302, Santa Cecilia, São Paulo

68º Camélia Òdòdó (SP)

Sim, a chef Bela Gil serve melancia grelhada em seu restaurante, o paulistano Camélia Òdòdó. O ingrediente faz parte do prato do dia das segundas-feiras, apelidado de churrasco de segunda (63 reais). Junta arroz de cúrcuma, vinagrete de feijão manteiguinha, maionese de inhame e salada verde com molho de cenoura e gengibre, além de espetinho de tofu com a tal melancia – que a baiana preparou na TV e deu o que falar. Polêmicas à parte, ela serve ótimos pratos que não pesam no estômago. Outro exemplo é o pappardelle com creme de castanhas, cogumelos e ervas frescas (69 reais).

Rua Girassol, 451B, Vila Madalena, São Paulo

69º Haru (RJ)

Robalos, olhetes e sororocas são as estrelas do combinado omakase hitori (125 reais). O menu omakase propriamente dito, servido na sala reservada, custa 286 reais. Vale a pena harmonizá-lo, aliás, com a ótima carta de saquês da casa – Menandro Rodrigues, o restaurateur responsável, obteve certificações internacionais relacionadas à bebida e aos sushis. Com carne de porco salteada com hortaliças fermentadas sobre o arroz, o buta kimchi domburi (48 reais) é um dos destaques da ala quente do cardápio.

Rua Raimundo Correia, 10, Copacabana, Rio de Janeiro

70º Hashi (Porto Alegre)

Reaberto em 2021 depois de um longo hiato, o restaurante de Carlos Kristensen voltou a cair nas graças dos moradores de Porto Alegre. Para uma imersão profunda na proposta do chef, agende um lugar na mesa colada na cozinha – essa experiência, oferecida de quarta a sexta, apenas sob reserva, custa 490 reais. O menu à la carte lista entradas levinhas como carpaccio de salmão com limão caviar (68 reais) e steak tartare com gema caipira curada (64 reais). Na dúvida entre os pratos principais? O arroz de bacalhau (99 reais) e o polvo na brasa com gel de tomates e chantilly de coalhada (149 reais) são ótimas pedidas.

Avenida Mariland, 1.388, 2º andar, Mont’Serrat, Porto Alegre

71º Babbo Osteria (RJ)

Para transformar um antigo casarão de Ipanema em um pedacinho da Itália foram investidos 4 milhões de reais. O projeto é capitaneado pelo chef ítalo-brasileiro Elia Schramm, que incluiu objetos familiares na decoração. O menu inclui clássicos como arancini com recheio de funghi (39 reais) e polpetone com muçarela de búfala mais tagliolini com manteiga de sálvia (59 reais). Na coquetelaria, destaque para o Melone Sour, com vodca, licor de melão e baunilha, Lillet, sour mix e servido com parma adocicado (39 reais).

Rua Barão da Torre, 632, Ipanema, Rio de Janeiro

72º Amado (Salvador)

Entre se manter religiosamente fiel à culinária local e criar identidade própria, o restaurateur Edinho Engel bateu o martelo na segunda opção. E realizou isso com maestria: o cardápio do Amado, um clássico de Salvador, é recheado de criações próprias, mas que prestam tributo à baía de Todos os Santos. É o caso da salada de camarões e palmitos grelhados, guarnecidos de rúcula, tomates assados e citronete de maracujá (66 reais), e da casquinha de aratu com farofa de licuri (43 reais) – também chamada de palmeira sertaneja. Também há surpresas, como o cupim prensado à cavala (110 reais) e o confit de pato com arroz incrementado com quiabo (136 reais). A paisagem, vale dizer, é de tirar o fôlego.

Avenida Lafayete Coutinho, 660, Comércio, Salvador

72º Arvo (Recife)

A proposta do chef Pedro Godoy é reinventar a culinária regional, mas não a ponto de assustar a clientela que torce o nariz para receitas inventivas demais. Para abrir o apetite da freguesia, ele expede, por exemplo, sanduichinhos de pernil com molho demi-glace, maionese e queijo parmesão (45 reais) e charutinhos com recheio de tartar de atum e cobertura de molho aïoli de wasabi com ervilha crocante (42 reais). A 100 reais, o pappardelle ganha a companhia de camarão empanado ao molho de coco e queijo, além de amêndoas tostadas e de molho teriyaki. Outro hit, o arroz de polvo é servido com berinjela empanada, tomate confitado, batatas salteadas, amendoim e aïoli de pão torrado (100 reais).

Rua Djalma Farias, 170, Torreão, Recife

73º Kinoshita (SP)

Deu origem ao pequeno império gastronômico de Marcelo Fernandes na Vila Nova Conceição. Morador do bairro desde a época em que era sócio do D.O.M, o restaurateur encontrou o ponto do japonês no dia do nascimento de seu filho mais velho, Rafael, que veio ao mundo no hospital São Luiz, nos arredores. Para testemunhar a chegada do primogênito, Fernandes estacionou em frente do imóvel que era ocupado por uma unidade, que estava fechando, da rotisseria Il Pastaio. Ele transformou o endereço no Kinoshita, que ostenta uma estrela no Guia Michelin e é conhecido por servir menus degustação com direito a ingredientes sazonais – o que é harmonizado com champagne Krug, com dez etapas, custa 2.367,81 reais, para duas pessoas.

Rua Jacques Félix, 405, Vila Nova Conceição, São Paulo

74º Tasca da Esquina (SP)

Desde o começo do ano, São Paulo não tem uma Tasca de Esquina – tem duas. A segunda filial verde-amarela do restaurante do chef português Vítor Sobral fica em Pinheiros, onde antes funcionou o Purgatório, de vida breve – a matriz se encontra em Lisboa e, sim, nenhuma unidade ocupa exatamente uma esquina. Em qualquer um dos empreendimentos, poucos clientes resistem ao bolinho de bacalhau (42 reais) ou ao croquete de presunto cru (44 reais) como abre-alas. Para continuar há boas entradas como tentáculos de polvo com mandioquinha frita, vinagrete e hortelã (102 reais) e lulas salteadas com lâminas de palmito fresco (85 reais). O arroz de pato com pancetta e chouriço português (115 reais) é um dos hits entre os pratos principais, assim como o clássico bacalhau ao forno com cebola caramelizada e batatas assadas (159 reais).

Alameda Itu, 225, Cerqueira César, São Paulo; Rua dos Pinheiros, 436, Pinheiros, São Paulo

75º Tangará Jean-Georges (SP)

Foi no luxuoso Palácio Tangará – considerado pelo mercado como o primeiro hotel seis estrelas do país – que o renomado chef francês Jean-Georges Vongerichten estabeleceu laços com o Brasil. Sob o comando de Filipe Rizzato, o restaurante honra as técnicas francesas, mas a principal inspiração são os sabores exóticos e aromáticos do Oriente. O cardápio lista desde sushi crocante de salmão com chipotle, shoyo e mel (92 reais) até carré de cordeiro em crosta picante com alcachofras braseadas e vagem holandesa (189 reais). Já o menu de seis tempos custa 675 reais.

Rua Deputado Laércio Corte, 1501, Panamby, São Paulo

76º Modern Mamma Osteria (SP)

Para começar, dificilmente alguém chamará o Modern Mamma Osteria pelo nome completo – e sim pela abreviação “Moma”. Em segundo lugar, você provavelmente não vai resistir à versão da lasanha criada por Salvatore Loi, que por anos reinou na cozinha do Fasano. Com recheio de vitelo, leva creme de grana padano e trufas negras (79 reais). Assinado por Loi e seu sócio Paulo Barros, o menu está recheado de outras tentações como papardelle com abóbora, amareto e mostarda (68 reais) e o tradicionalíssimo rigatoni cacio e pepe (65 reais).

Rua Manuel Guedes, 160, Itaim, São Paulo
Rua Ferreira de Araújo, 342, Pinheiros

77º Casa de Tereza (Salvador)

Poucos restaurantes conseguem representar tanto a cultura baiana como o Casa de Tereza – que faz diversas referências à história local e também às religiões de matriz africana. Tanto é que os menus degustação (350 reais para duas pessoas) homenageiam os Orixás e incluem até oferenda aos santos. No cardápio há pratos típicos da região, como as lascas de fumeiro em caramelo de laranja e cebolada (64 reais), além das generosas porções para duas pessoas do bobó de camarão (169 reais), da carne de sol com abóbora, aipim e feijão verde (153 reais) ou da moqueca de peixe (156 reais).

Rua Odilon Santos, 45, Rio Vermelho, Salvador

78º Imma (SP)

É a concretização de um sonho de vida de Marcelo Giachini, que estudou gastronomia na prestigiosa unidade parisiense do Le Cordon Bleu, mas ganhou a vida, durante anos, como executivo da importadora Casa Flora. Chef e sócio do restaurante que foca em pratos mediterrâneos, ele expede entradas como tartare de atum ao molho cítrico (59 reais) e brandade de bacalhau (59 reais), uma espécie de escondidinho com lascas do pescado e batata com azeitona preta ao molho de tomate e pimentão vermelho. Servido em pedaços, o cordeiro assado chega à mesa com feijão-branco e farofa de pão com cebola confitada no azeite (94 reais).

Rua Emanuel Kant, 58, Jardim Europa, São Paulo

79º Donna (SP)

Em 2020, o restaurante Lilu, de André Mifano, ganhou um ponto final. Um ponto final a contragosto: inaugurado em 2026, o empreendimento deixou de existir porque seu imóvel foi demolido para dar lugar a um empreendimento imobiliário. O chef, que ganhou fama nacional como jurado do programa The Taste Brasil, na GNT, voltou à cena com o Donna, cujo cardápio presta tributo à cultura ítalo-paulista. O risoto de joelho de porco com milho tostado, redução de uva com trufas, molho glacê e pururuca, é um dos hits do menu. Que, por sinal, também se volta aos vegetarianos com receitas como fettuccine com ricota e bruschetta com ricota de búfala.

Rua Peixoto Gomide, 1815, Jardim Paulista, São Paulo

80º Nōsu (SP)

Fica fora do eixo mais badalado de São Paulo, mais exatamente na Zona Norte. E talvez seja só por isso que não tenha se convertido – ainda – num dos japoneses mais conhecidos da cidade. Com visual arrojado que impacta até quem está na rua, tem pé-direito alto, teto e paredes de bambu e iluminação difusa. Em atividade desde 2016, serve niguiris de atum com foie gras (19 reais) e de salmão com ovo de codorna (20 reais), entre outros. O sashimi de atum bluefin custa 42 reais e o atum maçaricado sai a 26 reais. Também há combinados que custam até 712 reais, para três pessoas, e pratos quentes como tempurá de camarão (52 reais). O preço do menu degustação é 222 reais.

Rua Maria Curupaiti, 414, Santana, São Paulo

81º Preta (Salvador)

Especializado em pescados, o restaurante de Angeluci Figueiredo se encontra na Ilha dos Frades, que fica a 1h30 de barco de Salvador – o empreendimento da chef é o principal chamariz. Decorado com galhos secos e flores desidratadas – substitutos daqueles guarda-chuvas coloridos que eram mantidos abertos, sobre as mesas –, o estabelecimento virou parada obrigatória de anônimos e famosos de passagem pela capital baiana. Um dos habitués é o artista plástico Vik Muniz, que tem casa em Salvador e elegeu como prato preferido o bife com batata frita, arroz e feijão do Preta. Para quem não tem planos de ir embora, a chef inaugurou em março de 2020 uma pousada ao lado, a Pretoca.

Rua Cláudio Leal Borges, 22, Ilha dos Frades, Salvador

Restaurantes com comida para viagem abertos agora aqui perto!

Os 100 restaurantes eleitos

Na lista completa escolhida pelo júri da EXAME Casual aparecem endereços em 12 estados brasileiros

1A Casa do PorcoSão Paulo
2LasaiRio de Janeiro
3OtequeRio de Janeiro
4OrigemSalvador
5ManíSão Paulo
6MangaSalvador
7MetziSão Paulo
8CharcoSão Paulo
9NelitaSão Paulo
10GloutonBelo Horizonte
11NotiêSão Paulo
12D.O.M.São Paulo
12Fame OsteriaSão Paulo
14Taberna Japonesa Quina do Futuro Recife
15Shihoma Pasta FrescaSão Paulo
16EvvaiSão Paulo
16MocotóSão Paulo
18CiprianiRio de Janeiro
19Valle RusticoGaribaldi (RS)
20MurakamiSão Paulo
21ManuCuritiba
22CepaSão Paulo
23OcyáRio de Janeiro
23PacatoBelo Horizonte
23TanitSão Paulo
26OssoSão Paulo
27XapuriBelo Horizonte
28EscamaRio de Janeiro
28FasanoSão Paulo
30CorrutelaSão Paulo
31CaisSão Paulo
32LiliaRio de Janeiro
3374Búzios (RJ)
34RockaBúzios (RJ)
35JiquitaiaSão Paulo
35Mesa do LadoRio de Janeiro
35PicchiSão Paulo
38ÍzGoiânia
39Cozinha TupisBelo Horizonte
39IgorCuritiba
41CaxiriManaus
41Dona MariquitaSalvador
43AizomêSão Paulo
43Barú MarisqueríaSão Paulo
43CapinchoPorto Alegre
46SultSão Paulo
47Votre BrasserieSão Paulo
48PretoSão Paulo
49Punk CuisineCuritiba
50Makoto SanSão Paulo
51KomahSão Paulo
52GradoRio de Janeiro
53Kan SukeSão Paulo
54FlorestalBelo Horizonte
55Chez ClaudeSão Paulo/Rio de Janeiro
56CoraSão Paulo
57Birosca S2Belo Horizonte
58OroRio de Janeiro
59PrésidentSão Paulo
60TragaluzTiradentes (MG)
61Jun SakamotoSão Paulo
61KuroSão Paulo
63ArturitoSão Paulo
63K.saCuritiba
63Obst.Curitiba
66Gero RioRio de Janeiro
67De SegundaSão Paulo
68BanzeiroSão Paulo/Manaus
69CarvãoSalvador
70Sud, o Pássaro VerdeRio de Janeiro
71Remanso do PeixeBelém
72GuriPorto Alegre
72OstradamusFlorianópolis
74ZoiFortaleza
75XavierPorto Alegre
76TuriBelo Horizonte
77VoarRecife
78São PedroRecife
79Osteria Della ColombinaGaribaldi (RS)
80RistorantinoSão Paulo
81CuiaSão Paulo
82Casa do SauloSantarém (PA)
83Gajos D’OuroRio de Janeiro
83Nino CucinaSão Paulo
85Borgo MoocaSão Paulo
85Camélia ÒdòdóSão Paulo
87HaruRio de Janeiro
88HashiPorto Alegre
89Babbo OsteriaRio de Janeiro
90AmadoSalvador
90ArvoRecife
92KinoshitaSão Paulo
93Tasca da EsquinaSão Paulo
94Tangará Jean-GeorgesSão Paulo
95Modern Mamma OsteriaSão Paulo
96Casa de TerezaSalvador
97ImmaSão Paulo
98DonnaSão Paulo
99NōsuSão Paulo
100PretaSalvador

Em caso de empate, os restaurantes são elencados por ordem alfabética

Júri: Alessandra Carneiro (Agenda Carioca), Aline Gonçalves (jornalista), Ana Carolina Lembo (@dopaoaocaviar), Andrea D‘Egmont (jornalista), André Bezerra (Duo Gourmet), Arnaldo Lorençato (Veja SP), Bruno Calixto (jornalista), Carolina Daher (revista Encontro), Caroline Grimm (@carolinegrimm), Cecilia Padilha (@yeswecook), Celina Aquino (jornal Estado de Minas), Daniela Filomeno (CNN Viagem & Gastronomia), Danielle Dalla Valle Machado (Bom Gourmet), Daniel Salles (jornalista), Diego Fabris (Wine Locals), Diogo Carvalho (Destemperados), Edi Souza (Folha de Pernambuco), Fabio Wright (Taste & Fly), Felipe Almeida (@almeida1984), Fernanda Meneguetti (jornalista), Flavia Schiochet (jornalista), Fred Sabbag (CNN Viagem & Gastronomia), Gabriel Gasparini (@gaspaindica), Gabrielli Menezes (jornalista), Ismaelino Pinto (O Liberal), Ivan Padilla (EXAME), João Grinspum Ferraz (Casa do Carbonara), José Luiz Soares (@dopaoaocaviar), Josimar Melo (Sabor & Arte e Folha de S.Paulo), Julia Frischtak (Cellar Vinhos), Juliana Andrade (@viver_para_comer), Junior Ferraro (Azul), Jussara Voss (Gazeta do Povo), Kike Martins (revista 29horas), Lela Zaniol (Destemperados), Liana Sabo (Correio Braziliense), Linda Bezerra (jornal Correio), Lorena Martins (O Tempo), Luciana Barbo (jornalista), Luciana Fróes (O Globo), Luiza Fecarotta (CBN), Marcel Miwa (Gula), Marcelo Katsuki (Folha de S.Paulo), Maria Eduarda Vétere (You Must Go), Mariah Luz (@oquefazercuritiba), Marília Miragaia (Folha de S.Paulo), Marjorie Zoppei (Sociedade da Mesa), Nani Rodrigues (­­@nanirodrigues), Patricia Ferraz (rádio Eldorado), Paula Theotonio (jornal Correio), Pedro Landim (Veja Rio), Pedro Mello e Souza (jornalista), Rafael Tonon (Eater), Renata Araújo (You Must Go), Renata Mesquita (O Estado de S.Paulo), Renato Brasil (O Povo), Ricardo Castilho (Prazeres da Mesa), Roberta Malta (jornalista), Roberto Hirth (@robertohirth), Rosa Moraes (The World’s 50 Best Restaurants), Saulo Yassuda (Veja SP), Suzana Barelli (O Estado de S.Paulo), Tina Bini (CNN Viagem & Gastronomia), Vanessa Lins (Folha de Pernambuco).

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